O investimento em empresas que ainda estão em estágio inicial de desenvolvimento cresce a cada ano no Brasil, que é o maior mercado de venture capital da América Latina.
Um dos assuntos mais quentes do momento no mundo dos investimentos é o mercado de startups. Sobre isso, há a possibilidade de participar do crescimento de empresas que ainda estão no seu estágio inicial de amadurecimento, mas que têm amplo potencial de crescimento em poucos anos.
O venture capital, também conhecido no Brasil como “capital de risco”, vem ganhando destaque na mídia especializada por seu extraordinário crescimento no país, principalmente com a regulamentação do crowdfunding pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em 2017, abrindo esse mercado, que movimenta bilhões de reais aos pequenos investidores.
Neste artigo, vamos entender melhor o que é o venture capital e por que o capital de risco tem se desenvolvido tanto em nosso país, com destaque para investimentos em startups brasileiras.
O que é venture capital?
É uma forma de investimento direto em empresas que possuem soluções inovadoras para diversos gargalos da economia e que precisam de suporte financeiro para ganhar escala e para alavancar seu crescimento.
Como essas empresas ainda estão em fase inicial de desenvolvimento, o venture capital é considerado um investimento de alto risco, já que seu retorno depende da performance do negócio e da eficiência dos gestores da companhia em fazer a solução ganhar escala.
É justamente por conta dessas características que esse tipo de aporte financeiro também tem o nome “capital de risco” no Brasil e em diversos outros países.
De maneira mais técnica, o venture capital é uma classe de investimentos pertencente ao private equity, que engloba qualquer forma de participação societária em companhias que ainda não abriram seu capital na bolsa de valores, independente do seu grau de desenvolvimento.
Se você já utilizou os serviços de empresas como Google, Netflix, Uber, Spotify, iFood, Nubank, Gympass, Hotmart, dentre outras, saiba que elas têm uma coisa em comum: realizaram diversas rodadas de aportes de capital de risco a fim de ganhar escala e de se tornar o que são hoje.
Portanto, estamos falando de uma das formas mais lucrativas de investimento disponíveis hoje no mercado, mas os riscos envolvidos têm dimensão proporcional, exigindo um nível maior de diligência e de especialidade do investidor.
Como funciona o venture capital?
As pequenas empresas, principalmente as startups, que fazem uso intensivo e criativo da tecnologia para disponibilizar seus produtos e seus serviços aos consumidores, sofrem com a escassez crônica de financiamento e com o alto custo das linhas tradicionais de crédito.
Raramente, os bancos e as financeiras disponibilizam capital suficiente para permitir que essas companhias consigam alavancar seus negócios e realizar todo o seu potencial de crescimento. Em razão disso, elas precisam acessar o mercado de capitais para atrair investidores dispostos a compartilhar os riscos dessa empreitada, em troca de uma boa participação em seus lucros.
Quem investe em empresas que estão dando seus primeiros passos na criação de uma solução ainda desconhecida do mercado é chamado “investidor-anjo”. Geralmente, são pessoas bem-sucedidas em seus ramos de atuação, com amplo capital disponível e com conhecimento suficiente para identificar boas oportunidades em sua área de expertise.
Em certa medida, um bom exemplo de investimento-anjo é o programa Shark Tank, que está fazendo muito sucesso em todo o mundo, ao mostrar empreendedores apresentando suas “ideias mirabolantes” a potenciais investidores, em busca de financiamento.
No entanto, a maior parte do volume de investimentos nesse mercado fica por conta de empresas e de fundos de investimentos altamente especializados, cuja atuação, normalmente, abrange os maiores mercados de capital de risco do mundo.
Crescimento do capital de risco no Brasil
Nosso ecossistema de empresas inovadoras é o mais avançado da América Latina e um dos principais do mundo, movimentando dezenas de bilhões de dólares todos os anos.
Para ter uma ideia da dimensão desse mercado, em plena pandemia, os aportes de venture capital no Brasil somaram R$ 11,1 bilhões, e esse mercado vem dobrando de tamanho a cada ano, batendo recorde atrás de recorde.
Pode parecer uma realidade distante do pequeno investidor, já que essas oportunidades, em sua maioria, só estão disponíveis para investidores profissionais e institucionais, em razão das suas características de risco e de liquidez. Contudo, a verdade é que as oportunidades de investir em venture capital no Brasil se multiplicaram bastante depois que a CVM regulamentou o crowdfunding, modalidade de investimento coletivo em que um grupo de pessoas une forças para financiar projetos do seu interesse.
Existem, hoje, no país, diversas plataformas de crowdfunding que permitem investir em startups a partir de R$ 1000 em média. Além disso, há empresas de venture capital listadas na bolsa de valores, cujas ações são negociadas a preços bastante acessíveis. Logo, se você se interessa por esse mercado, vale a pena avaliar essas oportunidades como forma de diversificação de carteira e de valorização de capital.
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